O alimento do dia a dia, aquele que lhe dá prazer, que colore a sua vida, agora é uma fonte de problemas? Tornou-se um potencial assassino seu? Ou arruinará a sua saúde? A vida é assim?!
A regra geral é que os problemas de saúde (que muitas vezes são chamados de "doenças" quando talvez não sejam) não são causados por nenhum alimento. Há duas falsas exceções: o alimento estragado e o envenenado. São falsas porque o que adoece são os microrganismos ingeridos ou a substância tóxica. Carboidrato, proteína, gordura, vitaminas, sais minerais não podem, por si só, causar mal.*
Diabetes não é causado pelo alimento. É determinado por fatores do corpo: destruição das células que produzem insulina ou ação ineficaz dela. Comer açúcar, arroz, macarrão, batata, doces...somente terá impacto na saúde de alguém se o corpo não der conta de lidar com a QUANTIDADE ingerida. O problema está no corpo.
Obesidade não é determinada pelo alimento. Pessoas (e os demais animais) somente aumentam a quantidade de gordura do seu organismo se comerem energia (calorias) acima daquela que gastam no seu dia a dia. Novamente não é o que entra pela boca que conduz a este problema de saúde (por que chamar obesidade de doença?), mas a quantidade ingerida. E o alimento não pula para a boca...
Hipertensão não é causada pelo sal do alimento. Mas o excesso de sódio, em um grupo de pessoas (não em 100% da humanidade), colabora para a elevação da pressão arterial.
É necessário não confundir: o fato da redução da ingesta da quantidade de algum nutriente (carboidrato, proteína, gordura) colaborar no tratamento do colesterol alto (hipercolesterolemia), do diabetes, da hipertensão arterial, da obesidade, da insuficiência renal crônica, etc não quer dizer que essas doenças aconteceram pelo excesso de ingesta de nutrientes.
Na dúvida, converse com seu médice sobre o assunto. Estou às ordens.
* é verdade que há fatores nos alimentos conhecidos como "antinutricionais". Um vegetal famoso contém cianeto, substância já usada em execução de pena de morte. Contudo, a quantidade presente é tão pequena que seria necessária uma ingestão impossível para que ele envenenasse alguém.
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